quarta-feira, 14 de março de 2012

Cabaret, em Paulínia, deixa a desejar

O Theatro Municipal de Paulínia tem capacidade para 1,3 mil pessoas. O musical Cabaret, com Cláudia Raia, esgotou todos os lugares, para as cinco sessões que teve na cidade, um dia antes de começar a curta temporada por lá. Um feito e tanto. Mas mesmo com a casa lotada todas as noites, a produção deixou a desejar. Ou melhor, decepcionou completamente.

O cenário, que já não é muito complexo, não veio completo de São Paulo para Paulínia. Eles chamaram de uma versão “resumida”. Não dá para entender o porquê, já que Paulínia tem o triplo de lugares que o Teatro Procópio Ferreira, onde o musical estava na Capital. Então uma semana aqui equivale há três lá. Mas enfim, foi o que veio.

Segunda coisa. O elenco chegou no dia da primeira sessão, no final da manhã, e ainda rolou uma coletiva (sim, no dia da estreia) no teatro. Ou seja. Eles mal tiveram tempo para reconhecimento de palco e, sabe-se lá, ensaio geral.

Alguns podem pensar que, já que eles estavam em temporada há quatro meses em São Paulo, isso não seria necessário. Mas as apresentações mostraram que era necessário sim.

Bom, antes de falar sobre as apresentações, vamos falar do teatro. É um absurdo um teatro como o de Paulínia ser tão mal planejado. A organização colocou o mezanino (o equivalente a três andares) à venda por R$ 80,00. Dos lugares, incluindo a primeira fila, não é possível ver o palco. Sim, acreditem, não dá para ver o palco, e eles venderam os lugares por R$ 80,00. As pessoas (tenho conhecidos que foram nesse setor) precisavam ficar as três horas de espetáculo penduradas na cadeira, sem encostar, para tentar ver as formiguinhas lá embaixo.

Agora vamos as frustrações.

O som não funcionou, a iluminação errou, o elenco teve que refazer cenas e nem entreatos a peça teve. Na sexta-feira, por exemplo, atrasou tanto por causa dos erros e das cenas refeitas, que a peça não teve intervalo, só cinco minutos para trocar as coisas. Em cenas que eles precisavam entrar no quarto e supostamente apertavam o interruptor para acender a luz, pergunta se acendeu? Fizeram a cena no escuro e, do nada, a luz acendeu no meio.

Várias pessoas aproveitaram a pequena parada e foram embora, e o falatório do lado de fora do teatro ao final era de descontentamento. Muitas pessoas de fora, que vieram de outras cidades, saíram irritadas do local. E com razão.

Uma pena, pois a peça é ótima e tinha tudo para agradar.


PS: Não tenho informações sobre as cinco sessões. Mas, para mim, de qualquer forma, um espetáculo desse porte, que veio para poucas apresentações, errar tanto em uma só que seja, o que equivale a 20%, é um absurdo. Pois 1,3 mil pessoas pagaram (CARO) para ver e esperam um espetáculo decente.

Bom, de qualquer forma, segue um vídeo para animar a situação. 


2 comentários:

  1. Fui prestigiar a peça na certeza de assistir um excelente espetáculo... mas... não foi bem assim...
    Eu esperava muito mais da peça...do teatro... da organização... dos lugares...enfim... de tudo ! Sai decepcionada...
    Eu só tinha ouvido bons comentários e elogios, mas não foi essa a minha percepção ! Infelizmente !
    Uma pena...
    Aline

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  2. Bom, o que posso dizer que a apresentação no domingo foi realmente um espetáculo!!!

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